UNHOTIM

O museu do Inhotim, em Brumadinho, região metropolitana de BH, é uma ótima pedida para ver o melhor da criatividade humana. E esse foi o local escolhido para abrigar o 8º Congresso de Inovação em Decoração e Design, que aconteceu este mês na cidade mineira sob o tema "Botânica e Design".

Os grandes destaques do evento foram a holandesa Li Edelkoort e o francês Patrick Blanc.

Li Edelkoort é autoridade mundial em tendências. Começou nos anos 80 com o lançamento de um livro de tendências inovadoras e audiovisuais onde analisava estilos de vida através de pesquisas encomendadas por marcas que viriam a ser gigantes mundiais de cosméticos, design, moda.

Li dita conceitos, cores, materiais antecipadamente interpretando a evolução da sociedade e as tendências de acordo com a realidade econômica de cada época. Para se ter uma ideia da dimensão do trabalho da profissional, ela participa da curadoria de museus e exposições de arte em todo o mundo, dá palestras sobre moda e design.

Para Inhotim ela trouxe as palestras Tendências para Design de Moda – outono-inverno 2013-14, com foco no conceito de romantismo e Well-Being Beauty, que explicou as tendências que irão nortear o mercado de serviços de beleza e bem-estar nos próximos anos e como sempre, foi um sucesso.

Li Edelkoort
Patrick Blanc é o culpado pela difusão dos jardins verticais. O botânico trabalha no Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, onde especializou-se em florestas tropicais. Dá pra sacar porque o cara tem interesse no Brasil, né?
Entre discussões sobre a origem das Paredes Verdes (alguns acreditam que é criação do próprio Patrick, outros acham ser obra do professor Stanley White Hart), o fato é que a popularização, e modernização do aka (muro verde) são responsabilidade de Blanc.

Quer saber como "funciona" uma parede viva?
Em uma parede é colocada uma armação de metal que funciona como suporte para uma placa de PVC de 10 milímetros de espessura sobre a qual são grampeadas duas camadas de feltro de poliamida, cada uma com 3 milímetros. Essas camadas imitam um penhasco de cultivo de musgos e apoiam as raízes de muitas plantas. Uma rede de tubos controlados por válvulas fornecem uma solução com minerais dissolvidos, super nutritivo para as plantas, e o feltro, embebido por ação capilar, flui para baixo devido à gravidade. As raízes absorvem os nutrientes  e o excesso de água é coletado por uma calha na parte de baixo da parede antes de ser reinjetado na rede de tubos, o que caracteriza um circuito fechado. Claro que não é qualquer planta que vive assim, elas são escolhidas de acordo com diversos fatores, como a incidência de luz que necessitam e sua capacidade de crescimento.

A natureza é mesmo a grande ispiração de Patrick Blanc. As paredes se tranformam em verdadeiros tapetes vivos em ambientes internos e externos. Ah, e é importante dizer que ela também funcinam como isolantes térmicos.

Considerando que o cara fez seu primeiro projeto há 25 anos, quando conceitos de sustentabilidade ainda nem eram levados em conta por arquitetos, paisagistas ou qualquer pessoa, ele é outro lançador de tendências.

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